Notícias da paróquia › 20/06/2022

Psicoterapeuta sistêmica começa atendimento uma vez por semana na Paróquia São Pedro, no Tremembé

Ana Paula Basile, no consultório no Shopping Boulevard O pátio

A psicoterapeuta Ana Paula Basile começou recentemente a atender na Paróquia São Pedro. Ela recebe os pacientes toda quinta-feira, das 9h às 12h. “Estou levando tudo o que eu sei. Todas as terapias que utilizo, principalmente para dor, insônia e ansiedade.” Ana Paula também vai dar dicas de como tratar a depressão e como prevenir o suicídio ou automutiliação de adolescentes.

Texto e fotos
Edmilson Fernandes

Quem é Ana Paula Basile
Ana Paula é psicoterapeuta sistêmica, complementar e alternativa e tem um consultório no Shopping Boulevard O Pátio, no Tremembé. Ela se tornou terapeuta após sofrer um câncer de mama, aos 41 anos. Hoje, Ana tem 49 e está curada. “Quando adoeci, percebi que as patologias, as doenças vêm da mente, do emocional. De um sistema familiar, do transgeracional. Eu me desprendi e comecei a buscar a minha essência. Fui olhando mais para o meu corpo e analisando que Deus nos formou de células, de energia, de luz. Quando nos desconectamos de Deus e de nós mesmos, tudo isso se apaga. E é aí que vem a depressão, o vazio existencial.”
Para se reconectar consigo mesma e se cuidar, Ana Paula começou a estudar várias terapias, principalmente a questão sistêmica e harmonização do corpo. “Quando o corpo está em equilíbrio com tudo que existe em nós, conseguimos nos centrar na própria vida e seguir de uma forma mais harmoniosa,” explica.

Constelação familiar
A psicoterapeuta Ana Paula Basile trabalha com diversas técnicas, como acupuntura auricular, cromoterapia, barras de acces e florais. Um dos destaques do trabalho dela é a constelação familiar. “É uma psicoterapia breve, na qual nós conseguimos entrar no campo familiar transgeracional de alguns acontecimentos da vida, como repetição.” Na avaliação da profissional, tudo o que ocorre na nossa vida acontece por meio de repetições no campo familiar. Vem dos nossos bisavôs, dos avós, dos pais… até chegar a nós. “Nós somos como árvores: somos o tronco e a nossa família, os nossos antepassados são as nossas raízes. É onde nos abastecemos e nos nutrimos. Muitas vezes estamos desconectados porque não estamos recebendo os nutrientes necessários que vem da nossa raiz.”
O trabalho da psicoterapeuta consiste em colher todas as informações familiares do paciente para ajudá-lo a entrar em harmonia. Ana Paula destaca que a terapia não tem nada a ver com religião.

Terapia de casal
Além do primeiro atendimento ao casal em crise, Ana Paula faz sessões individuais com cada um. “Porque cada pessoa é única. Cada um tem um destino, uma busca.” A terapeuta assinala que muitas crises conjugais também podem estar relacionadas ao passado familiar. “Aquele ser humano que não recebeu dos pais a dose suficiente de amor, de afeto, de felicidade. Ele acaba depositando no companheiro a responsabilidade por nutri-lo daquilo que ele não recebeu dos pais.” Fatores como problemas financeiros também geram desequilíbrio porque um passa a ser concorrente do outro na relação.

Como identificar os sinais de que o adolescente está com transtornos que podem levá-lo ao suicídio

Nos últimos tempos, tem aumentado o número de suicídio e de automutilação entre adolescentes. Trata-se de um fenômeno complexo e de múltiplas causas. Mas os estudos mostram que a maioria das pessoas que chegam a esse extremo é acometida de algum transtorno mental, sendo o mais comum a depressão. E apesar da complexidade das causas, o suicídio pode ser prevenido com intervenções individuais e coletivas de diagnóstico, atenção, tratamento e prevenção a transtornos mentais e limitação de acesso a meios como o celular, por exemplo.
Para Ana Paula Basile, os pais devem estar atentos aos sinais de que a criança ou adolescente precisa de ajuda. “Crianças que se fecham no quarto com o computador ou com o celular; crianças que, repentinamente, mudam o comportamento; adolescente de 12 anos que volta a urinar na cama… Muitos pais acham que isso é frescura, mas é um sintoma de que alguma coisa está errada.”
Os fatores de risco para o suicídio de adolescentes incluem: questionamento de orientação sexual, história de abuso sexual, bullyng, depressão e outros transtornos psiquiátricos, além do abuso de drogas, pressão das redes sociais e uso patológico da internet.
“Falta diálogo na família. Se o filho mudou o comportamento, está mais irritado, mais introspectivo, não quer ir à escola…. os pais têm que levar a sério e agir para prevenir o pior”.

Ana Paula defende que o computador fique numa área comum da casa e que, em ocasiões não programadas, os pais peçam o celular ao filho para conferir as atividades dele na internet e nas redes sociais.

___________________________________
Atendimento na Paróquia São Pedro
Às quintas-feiras, das 9h às 12h
Rua Maria Amália Lopes Azevedo, 222A
Mais informações:
Fone: (11) 9 9224-5110

Deixe o seu comentário





* campos obrigatórios.

X