Campanha da Fraternidade 2020: “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele”
Estamos vivendo mais uma Campanha da Fraternidade. Este ano, a Igreja nos convida a refletir mais uma vez sobre a Vida, como em muitas outras campanhas, desde 1962. Com o tema “Fraternidade e vida: dom e compromisso” e o lema “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele” a Campanha reforça que precisamos ter mais empatia e cuidado com o próximo – na família, na comunidade, na sociedade e no Planeta.
Como é tradição, a abertura da Campanha da Fraternidade na Paróquia São Pedro foi na Quarta-Feira de Cinzas, que inicia o período da Quaresma.
Imposição das cinzas
Quando o padre faz o ato de imposição das cinzas na testa dos fiéis simboliza a conversão. “Tu és pó e ao pó retornarás”. “Significa que nossa vida pertence a Deus e somos chamados a renascer das cinzas, a partir do amor do Espírito Santo de Deus”, explicou o pároco padre Edimilson Silva.
A cerimônia foi feita ao lado da Pia Batismal, num sinal de que precisamos renascer, passar por uma transformação durante esse período de preparação para a Páscoa. O diácono Vinício de Andrade também impôs a cinza sobre a testa dos fiéis.
Quem é o meu próximo?
A Campanha da Fraternidade deste ano é inspirada em duas cenas. Uma é a parábola do bom samaritano, contada por Jesus e relatada pelo evangelista São Lucas (Lc 10,25-37). Outra é a do cartaz, mostrando, no centro da cidade de Salvador, Santa Dulce dos Pobres, cercada pelos sofredores que ela atendia. Além de Irmã Dulce, o texto-base cita também o exemplo de São Camilo de Lelis, no cuidado aos doentes, e Dra. Zilda Arns, no cuidado das crianças.
Na parábola do bom samaritano, um doutor da lei quer provocar Jesus, com a pergunta: “o que devo fazer para herdar a vida eterna?” Jesus lhe devolve a pergunta, e o doutor da Lei já sabe a resposta: Amar a Deus de todo o coração e ao próximo como a si mesmo.
Mas ele coloca a pergunta central: “E quem é meu próximo?” Jesus responde por meio da parábola do bom samarinato que, diante de “um homem que caíra nas mãos de assaltantes”, diferente do sacerdote e do levita, que não se importaram e passaram adiante, “viu, sentiu compaixão e cuidou dele”. O mestre da Lei entendeu a parábola e por isso não teve outra alternativa senão admitir que o samaritano foi “aquele que usou de misericórdia para com o caído”. Jesus então o aconselha: “Vai e faze o mesmo”.
Santa Dulce dos Pobres.
Ir. Dulce tornou-se exemplo vivo da presença do bom samaritano entre os pobres. Na Bahia, atravessou o século XX fazendo o bem (1914-1992), visto que “aos 13 anos, passou a acolher mendigos e doentes em sua casa, transformando a residência da família em um centro de atendimento”. Depois, como religiosa, socorria os pobres, cuidando de famílias de operários e desempregados. Chegou a construir um consultório para cuidar dos doentes. Mais tarde, sem ter para onde ir, levou seus doentes para o Convento Santo Antônio, onde habitavam as religiosas de sua congregação, instalando-os no galinheiro, que em pouco tempo se tornaria em um dos maiores hospitais públicos do Brasil.
Canonizada no dia 13 de outubro do ano passado, Irmã Dulce se tornou a primeira mulher nascida no Brasil a se tornar santa.
O objetivo da Campanha da Fraternidade é colocar em prática, aqui no Tremembé, o exemplo do bom samaritano e de Santa Dulce dos Pobres.
Formação sobre a Campanha da Fraternidade
Para ajudar a entender melhor como viver a Campanha da Fraternidade deste ano a Paróquia São Pedro vai promover um encontro de formação. A palestra será no dia 11 de março, às 20h, com Frei Guilherme Pereira Anselmo.
Endereço: Rua Maria Amália Lopes de Azevedo, 222A, no bairro Tremembé, perto do Horto Florestal.